segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Moscou - Saiba tudo sobre a capital soviética

Apesar de não ser uma cidade receptiva ao turista, Moscou tem belos pontos turísticos, como parques, museus igrejas e teatros

Em Moscou encontra-se Karl Marx, Lenin, entre outros líderes do comunismo, por toda parte. Marx está em frente ao Teatro Bolshoi ou em pinturas que ilustram algumas das mais belas estações de metrô da cidade. Lenin está por toda parte, a começar pela Praça Vermelha, onde está o mausoléu que abriga seu corpo. Deparar-se com estátuas desses líderes e até mesmo a de Maiakóvski, o poeta contemporâneo da revolução de 1917 que mais se impregnou do ideário socialista – e se matou com um tiro aos 37 anos de idade, em 1930 –, é encontrar-se com esse ideário, que alimentou sonhos de uma sociedade igualitária em várias gerações pós- revolução russa.

O corpo mumificado de Lenin (1870–1924) exposto ao público provoca um estranho sentimento. Ele é ao mesmo tempo a imagem de um tempo que passou e de um tempo que resiste. Reforça uma Rússia de passado comunista em uma Rússia que rompeu, ou pelo menos tentou, com a ideologia expressa por seu morto ilustre.

Moscou retrata não só a época do czarismo como também a história de uma ideologia, o comunismo, da extinta União Soviética. Uma cidade que tem muita história para contar, tanto a história contemporânea quanto a de seu passado czarista, mas que tem extrema dificuldade para receber turistas, em especial os estrangeiros.

Os problemas para o turista começam no aeroporto. Os estrangeiros podem esperar até três horas em pé, apertados entre malas e pessoas irritadas, para serem atendidos nos pequenos e pouquíssimos guichês. Essa passagem pela imigração faz o turista se sentir humilhado e entrar desanimado em Moscou.

A língua é outro empecilho. Quase ninguém fala inglês em um país cuja língua tem origem no eslavo e com alfabeto cirílico, ou seja, incompreensível para quem fala uma língua latina. Para completar, o povo russo é mal-humorado. É cara feia por todo lado: do guarda da imigração do aeroporto aos vigias dos monumentos.

Belezas
Tantas ressalvas podem parecer que não vale a pena visitar Moscou. Mas não é isso: Moscou é uma cidade belíssima com muitos pontos turísticos, como parques, estações de metrô que lembram mais um museu ou o lobby de um teatro do que uma sala de embarque e desembarque de passageiros, belíssimas igrejas ortodoxas, e teatros, entre eles o Bolshoi.

A Praça Vermelha oferece várias opções para o turista. O elegante centro de compras GUM, ironicamente, localiza-se em frente ao Mausoléu de Lenin. Na mesma praça está um dos símbolos mais conhecidos da Rússia, a Catedral de São Basílio, em frente à Torre Salvador, uma das principais das 20 torres da muralha que cerca o Kremlin.

Construída por Ivan, O Terrível, no século 16, a catedral tem suas cúpulas coloridas em formato de bulbo. Segundo a lenda, o czar mandou arrancar os olhos do arquiteto que a desenhou para que ele não fizesse mais
nada parecido.

Já na visita à Praça Vermelha é possível encontrar as “matrioshkas”, a tradicional boneca russa constituída por uma série de bonecas, feitas principalmente de madeira, que são colocadas umas dentro das outras, da maior até a menor. Na forma cilíndrica da “matrioshka” são pintadas quase sempre figuras femininas. Deve ser reservado um dia à visita ao interior do Kremlin, que significa fortaleza em russo, e também está localizado na Praça Vermelha, no centro da cidade. O Kremlin é a sede do governo russo e seu interior tem várias igrejas e palácios, como as Catedrais da Anunciação, esta que foi privativa dos czares, e da Assunção e o Palácio das Armas.

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